terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sindicato encaminhou mais de 50 denúncias em 2009

Somente em 2009, o sindicato que representa professores e auxiliares administrativos do ensino privado (SINTRAE-MT) encaminhou ao Ministério Público do Trabalho e à Delegacia Regional do Trabalho mais de 50 solicitações de fiscalização em escolas e instituições de ensino superior.
Os encaminhamentos foram feitos com base em denúncias recebidas pelo sindicato, dando conta do desrespeito à legislação trabalhista e outras irregularidades cometidas pelas escolas, como assédio moral, atrasos salariais, falta de registro em carteira, falta de pagamento de hora extra, entre outras. É freqüente também a falta do depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Algumas empresas passam anos sem recolhê-lo, e só o depositam no momento da rescisão contratual.

A categoria se reúne amanhã (15) para avaliar o ano de 2009, em uma assembléia ordinária na sede do SINTRAE-MT, no bairro Lixeira, em Cuiabá. A assembléia acontece às 17 horas.

O ano de 2009 pode ser considerado positivo, avalia a presidente do SINTRAE-MT, Nara Teixeira. Segundo ela, além do aumento no número de denúncias encaminhadas ao sindicato, houve também redução da adoção do “banco de horas” nas escolas. O banco de horas é a compensação do excesso de horas trabalhadas num dia com folga em outro, o que, segundo a CLT, dispensa a empresa do pagamento de hora-extra. Graças ao acordo fechado entre o
SINTRAE-MT e o sindicato dos estabelecimentos de ensino (SINEPE-MT) na Convenção Coletiva de Trabalho, esta prática está condicionada à autorização de ambos os sindicatos, o que aumenta o controle e coíbe irregularidades. Como resultado, o banco de horas, que antes era praticado por praticamente todas as instituições, hoje acontece somente em cinco delas.

Outro ponto positivo foi o reajuste salarial da categoria, que ficou em 7,05% sobre os salários; 10% para os dois primeiros pisos da categoria e 13,89% para os auxiliares de serviços gerais.

CONAE

O SINTRAE-MT foi um dos principais articuladores da etapa local da Conferência Nacional de Educação (CONAE), que acontece no ano que vem. “Este 2009, o sindicato também se tornou mais conhecido e conseguiu estar mais próximo da categoria, graças a campanhas de filiação e outras ações, entre elas atividades de lazer e culturais”, comentou Nara Teixeira.

Pauta

Além da avaliação do ano, na assembléia também será feita a votação da previsão orçamentária para o exercício de 2010 e a prestação de contas.

Mais informações: 3623 3402. Saiba mais sobre o SINTRAE-MT no site www.sintraemt.com.br .

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

ACP chega para fazer a comunicação dos movimentos sociais

Surge em Mato Grosso a primeira agência de comunicação exclusivamente voltada para os movimentos sociais, em especial o sindical e o popular, aqui entendidos como o de mulheres, de negros e estudantil, entre outros. É a Agência de Comunicação Popular, a ACP, que agrega profissionais com larga experiência em comunicação sindical e de movimentos sociais em geral, além da comunicação popular, dirigida a comunidades e estratos sociais.

Um exemplo é o trabalho desenvolvido pelos profissionais da ACP junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (SINTRAE-MT) e Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (FETIEMT), e para movimentos como a CUFA (Central Única das Favelas), as religiões de matriz afro (Projeto Comunicação Comunitária - Comum), União Brasileira de Mulheres (UBM) coodernação de Mato Grosso, Instituto de Mulheres Negras (IMUNE), entre outros.

A proposta da ACP é promover a comunicação desses segmentos em geral sem estrutura para fazer frente aos desafios colocados pelo mundo moderno em que fazer comunicação não é um mero ato de levar mensagens aos públicos interno e externos, mas fundamentalmente uma ferramenta estratégicas para as lutas cotidianas.

A preços acessíveis e com produtos alternativos, especialmente na internet, a ACP se propõe a posicionar as entidades dos movimentos sindical e popular na mídia local, batalhando por espaço para inserir suas lutas e opiniões, mantendo um relacionamento com os profissionais da mídia e oferecendo a ele fontes de informações sobre o que acontece no mundo desses movimentos, em geral excluídos da grande imprensa.